quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Capítulo 6. Friends with benefits



- Então você e Santana namoram? 
- Depois do que você fez hoje acho que não mais.
- Desculpa se você gostou. Você se arrependeu? - perguntei sussurando no ouvido dele.
- Não me provoca, estou dirijindo.
- Então acho melhor você parar o carro.
- Acho que consigo esperar um pouco - dei um risinho. Ficamos em silêncio até chegar na minha casa. Puck subiu comigo.
- Casa legal - disse ele quando chegamos. - Aposto que seu quarto também é.
- Você não perdeu uma hein.
- Olha quem fala.
Fui na cozinha beber água e Puck me cercou na bancada me deixando sem como me mover. Me virei e ele me beijou com tanta vontade que quase fiquei sem ar. O beijo começou a esquentar e ele me levantou e me sentou na bancada, envolvi a cintura dele com as pernas e ele arrancou meu vestido, beijando meus seios, depois a barriga até chegar mais embaixo, aí ele arrancou minha calcinha e começou a me tocar. Eu gemia no ouvido dele e ele apertava meus seios. Antes que eu gozasse, ele me levantou de novo e me levou para o quarto, me jogou na cama e nossos lábios colaram com urgência. Passei por cima dele e arranquei sua blusa, beijei seu abdômen e tirei suas calças junto com sua cueca lentamente, o beijando por toda parte. Depois e acariciei seu membro fazendo o gemer e se contorcer de prazer, sentei no colo dele e ele tirou meu sutiã, beijou e mordeu meus seios, e passou seu membro entre minhas pernas pra me mostrar o quanto ele estava excitado. Estiquei meu braço até a gaveta e peguei uma camisinha, abri rapidamente e coloquei nele com a boca. Ele passou por cima de mim, dessa vez ficando em cima e me penetrou. Eu gemia cada vez mais alto a cada investida que ele dava. Joguei minha cabeça pra trás no travesseiro de tanto prazer agarrando os cabelos dele e arranhando suas costas enquanto ele beijava meu corpo inteiro e apertava minhas coxas e minha bunda. Subi em cima dele e comecei a rebolar e quicar no colo dele, fazendo-o soltar gemidos roucos. Ele me guiava segurando minhas coxas e quando eu quiquei mais ele deu um sorrisinho e subiu suas mãos para apertar meus seios. Ficamos naquela posição até que gozamos juntos e eu me deitei em cima dele. Nós dois estávamos ofegantes e suados. Ele me deu um beijo e disse:
- Foi o melhor sexo da minha vida - eu apenas ri, pois estava sem forças pra falar.
Ficamos ali trocando beijos e carícias e depois tomamos banho juntos. Vesti apenas uma camisola e quando percebi que ele estava vestindo as calças, me aproximei e disse:
- Não vou deixar você ir embora hoje - e tirei suas calças, deixando-o só de cueca.

~~~~~*~~~~~


O despertador tocou e eu me levantei, preparei uma coisa pra comer na cozinha e levei para a cama. Beijei Puck até acordá-lo e ele correspondeu o beijo me deitando na

cama.
- Acho que vou ter que te fazer chegar atrasada na escola.
- Acho uma ótima ideia - Nos beijamos mais, eu sentada no colo dele e ele encostado na cabeceira da cama. Eu queria fazer sexo com ele de novo, mas não ia dar esse 
gostinho pra ele.
- Vamos comer, olha o que eu fiz - disse. 
- O que você acha da gente fazer isso? - disse ele enquanto comíamos.
- Isso o que?
- Você sabe... Eu gostei muito de ficar com você e queria continuar, então eu estava pensando se você queria...
- PARA! - disse, não é possível que ele estava falando naquilo - Você não está se referindo a namorar né?! Porque eu não sirvo pra isso. Eca.
- NÃO! NEM PENSAR! Eca mesmo, queria saber se você queria continuar ficando comigo mas sem compromisso nenhum.
- Agora você está falando minha língua. Tipo, amigos com benefícios?
- Isso mesmo. Nós dois não gostamos de compromissos e gostamos de ficar um com o outro, então acho que isso daria certo.
- Também acho. Só sexo, ok? 
- Só sexo.
- Sem nenhum sentimento?
- Sem nenhum sentimento.
- Sem beijinho no corredor e sem mãos dadas?!
- Exatamente - rimos.
- Mas e a Santana?
- Vou falar com ela depois, acho que ela não vai se importar se terminarmos. Ela não é desse tipo que se prende a alguém, mas gosta de construir sua reputação, gosta de
fazer os outros pensarem que a vida dela é perfeita. Mas não é. E, talvez, só talvez ela deve estar tramando um jeito de te matar - rimos de novo.
- Acho melhor a gente começar a se arrumar - disse e ele assentiu.
- Vai ser meio estranho chegar com a mesma roupa de ontem no colégio, mas se me perguntarem eu falo que fui raptado por você. Combinado?
- Pode deixar que eu não vou desmentir - disse fazendo-o rir.

Capítulo 5. Party time


Estacionei o carro e peguei o elevador com Kurt. Dar uma carona a ele, virou um hábito e eu gostava, pois ele é uma ótima companhia. 
- Me encontre na garagem às oito, ok? - disse quando o elevador parou no andar de Kurt, ele sacudiu a cabeça e saiu. 
Cheguei em casa, me joguei na cama, fiquei pensando sobre o dia cansativo que tive e adormeci sem perceber. 
Acordei quase sete horas da noite e fui pro banho. Abri o armário e fiquei pensando na roupa que vestiria. Vesti um vestido de costa nua que revelava a tatuagem que eu
tinha na costela, era um apanhador de sonhos. Olhei para os saltos, mas nem cogitei a ideia de usá-los e preferi meus vans rosa e surrados. Passei uma maquiagem leve e
penteei e sequei meu cabelo, ficou bom e resolvi deixá-lo solto. Revirei meu guarda-roupa em busca de alguns acessórios e achei uns anéis. Peguei minha bolsa e desci
para encontrar Kurt.
Ele já estava me esperando, então partimos e ele foi me dizendo o caminho. Paramos num sinal e avistei um mercado aberto. Estacionei.
- O que você está fazendo?
- Tive uma ideia, me espere no carro - peguei minha bolsa e entrei no mercado.
Fui no setor de bebida, peguei dos vodkas e fui para o caixa.
- Identidade? - disse a mulher. Merda. revirei minha carteira e não deixei transparecer quanto feliz fiquei quando achei a minha identidade falsa perdida ali dentro.
Paguei e voltei para o carro.
- Claro, como eu não pensei nisso antes? - disse Kurt e nós rimos.

~~~~~*~~~~~

- É essa aqui. - descemos do carro e eu fiquei observando a casa. Normal. 
Tocamos a campainha e Rachel atendeu. Eu caí na gargalhada. Rachel estava usando um vestido que eu acho que ela pegou emprestado de sua avó. Era uma coisa larga e ia
até os pés dela.
- O que? - perguntou ela, quando nós entramos. Percebi que todos já estavam lá.
- Desculpa, mas você pegou esse vestido emprestado da sua vó?
- Não... Por que?
- Deixa pra lá. - ela olhou as garrafas de vodka na minha mão e arregalou os olhos.
- MEU DEUS! O QUE É ISSO?
- Vodka - respondi. 
- Nem pensar. Não podemos ingerir bebidas alcóolicas.
- Alex, você salvou a festa - disse Puck se aproximando. Finalmente alguém que me entendia. - Fala sério, Rachel, essa festa vai ser um saco sem bebida, o que você quer
que a gente faça? Jogue baralho? Não é uma boa ideia. 
- Eu concordo, acho que você deveria abrir o bar de seus pais. Duas garrafas não vai deixar ninguém bêbado. Desculpa Alex - disse Sam de referindo à mim.
- Tudo bem, também concordo com você - disse.
- Vamos lá Rachel, por favor - implorou Puck. Ele estava tão gostoso naquela regata.
Depois de tanto tentarmos, Rachel finalmente cedeu e começamos a beber. Troquei a música - porque acredite se quiser estava tocando ópera - e aumentei no último volume.
- Hora do Strip Poker - gritou Brittany, caindo de bêbada. Agora a festa ia começar.
Puck girou a garrafa e Santana fez uma cara de que ia me matar quando a garrafa parou apontando os dois lados pra mim e pra Puck. Ignorei a cara feia dela e como a ponta da garrafa estava apontada pra mim, engatinhei no chão em direção a Puck e sentei no colo dele com as pernas envolvendo sua cintura, ele agarrou minhas coxas e eu comecei a beijá-lo. Puxei ele mais perto pela nuca, como se estivesse algum espaço pra ser preenchido entre nós, ele subia e descia as mãos acariciando e apertando meu corpo inteiro, apertando minhas coxas. O beijo estava começando a esquentar e...
- Por favor, arrumem um quarto - disse Artie. - Tire alguma peça os dois. Eu tirei meus tênis e Puck a blusa. Meu deus.
Paramos e todos estavam de boca aberta, exceto Santana que estava prestes a me enforcar. Voltei para o meu lugar e me ajeitei.
- Desculpa se me empolguei - disse e Puck riu. Se fiquei bêbada, eu nem percebi, mas com certeza desse beijo eu vou lembrar.
- Minha vez. - disse Santana com ar de vingança. Com certeza, vingança era a intenção dela nesse momento. A garrafa apontou pra ela e Sam e ela não pensou nem duas vezes antes de beijá-lo. Em vez de ficar observando eu e Puck ficamos nos olhando e aquele olhar dele não me enganava. Só percebi que o beijo de Santana e Sam acabou quando ela passou na minha frente para voltar para seu lugar.
- Minha vez - disse. E quando girei a garrafa parou em Brittany. 
- Ops, parece que temos um problema.
- Por mim não tem problema nenhum - disse e Brittany deu um sorrisinho. Fui em direção a ela e a beijei. Segurei nos cabelos delas e ela acariciou minha cintura. Depois apertei as coxas dela e foi a vez dela de puxar meus cabelos e eu soltei um gemido.
- Pare, por favor, isso está me excitando muito - disse Puck e então paramos. - Nova regra: Alex não pode mais brincar - todos riram, inclusive eu. Tirei meu vestido, revelando meu conjunto de calcinha e sutiã pretos de renda e Britanny tirou a saia.
Os próximos beijos foram de Artie e Britanny, Finn e Rachel, Mercedes e Sam, o casal asiático, e eu fiquei entediada porque não brinquei mais.
Já eram quase quatro horas da manhã quando Kurt me acordou no sofá e disse que a festa tinha acabado. Minha cabeça estava doendo muito e bebi alguns copos de água. Me
vesti e Kurt me disse que ia dormir na casa da Rachel então eu fui para o carro. 
- Não posso deixar você dirigir assim - disse uma voz atrás de mim e quando me virei era Puck.
- Não estou bêbada, só com uma dor de cabeça, mas aceito um motorista - disse e dei um risinho pra ele. Fui para o banco do carona e abri a porta do motorista e dei
dois tapinhas para Puck se sentar - Eu te digo o caminho de casa.


Capítulo 4. Ops


Cheguei na sala do diretor acompanhada de Kurt e David, eles se sentaram mas eu preferi ficar em pé.
- Quem vai ser o primeiro a me explicar o que aconteceu?
- Essa novata me bateu - disse David. Ele realmente estava conseguindo me estressar.
- Por qual motivo Sr. Karofsky? - indagou diretor Figgns
- Diz agora David. Diz que você jogou Kurt contra os armários e que você atormenta a vida dele todos os dias. Diz também que você é um nojento de um preconceituoso e
fica rindo do Kurt e fazendo piadas - foi minha vez de se intrometer.
- Quer dizer então que a boneca de porcelana arrumou outra pessoa pra ficar a defendendo?! Que interessante, esse é o papel de seu irmão - Olhei pra trás e a mesma
mulher loira de roupa esportiva que apareceu no corredor tinha acabado de entrar na sala.
- Com licença, Sue - disse o diretor.
- Me desculpe, mas acho que não é uma boa hora pra você se intrometer - disse eu.  
- Uau, a novata é mesmo marrenta - disse Sue e eu apenas revirei os olhos.
- Bom, acho que todos deveriam ir para suas respectivas classes. Se isso acontecer novamente, não vou deixar passar - disse o diretor, finalmente.
- Ótimo - disse eu encarando David.
- Ótimo - retrucou ele. Kurt saiu da sala sem dizer nada e eu o segui. Ele parou no meio do caminho, me abraçou e começou a chorar.
- Obrigada por tudo - sussurrou ele. Não disse nada, apenas o deixei desabafar. 
Ele se afastou e depois fomos para as nossas classes, eu olhei pra trás e o vi secando as lágrimas. Fucei minha bolsa atrás do papel que tinha os horários, e achei sem muita dificuldade. Primeiro tempo: Cálculos, meu dia literalmente está começando uma merda.
Entrei na sala e já estavam todos em seus lugares e o professor escrevendo na lousa, quando a porta bateu todos viraram pra mim.
- Ao que lhe devo a honra? - disse Sr. Lewis, o professor. Fiz um esforço para ler o nome em seu jaleco, meu grau não é tão ruim assim.
- Me desculpe o atraso, estava na sala do diretor...
- Hmmm, nem bem chegou e já está se metendo em encrencas?
- Não exatamente...
- Sei. Qual é o nome da novata?
- Alex. Alexis Carlsson... Mas prefiro Alex.
- Hmmm, escolha qualquer lugar - a conversa finalmente chegou ao fim, não estava mais aguentando todos nos encarando. Escolhi um dos últimos lugares e comecei a anotar
o que estava na lousa mesmo sem entender grande parte. O segundo tempo também era de cálculos então fiquei fingindo que estava prestando atenção.
Dormi nos próximos tempos até finalmente ouvir o sinal do intervalo. 
Peguei uma maça qualquer quando cheguei no refeitório e me sentei em qualquer mesa. Kurt e Rachel de aproximaram e se sentaram. 
- Quer dizer então que temos uma lutadora no grupo? - disse Rachel olhando pra mim.
- Não exatamente, foram apenas algumas aulas de muay thai que tiveram alguma utilidade - disse fazendo-a rir.
- Bom, o pessoal do Glee Club me convenceu a dar uma festa hoje a noite na minha casa, pois meus pais não vão estar em casa. Não vai ser nada demais, espero eu - disse
Rachel. - O que vocês acham?
- Eu topo - disse.
- Eu também, vou com a Alex, pode ser? - perguntou Kurt e eu assenti.
- Combinado! - disse Rachel animada. - Não vejo a hora, acho que vai ser divertido - "Eu não", pensei.
Fala sério, os pais de Rachel são judeus e ela também, o máximo que vai acontecer nesse festa será todos dormindo no sofá, e não por estaram bêbados e sim por estarem morrendo de tédio. Mas eu topei, não tinha nada planejado mesmo.


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Capítulo 3. Kurt


- Eu fico aqui - diz Sam apontando para algum lugar me fazendo parar.
- Ok… - digo parando o carro - Te vejo amanhã!
- Até amanhã - diz Sam fechando a porta do carro e dando um sorriso de canto através do vidro. Que sorriso era aquele? Que companheiro de classe era aquele? Balanço a cabeça me afastando de meus pensamentos e a única coisa que desejo é minha cama.
Chego em casa rápido, pois a casa de Sam nem fica tão longe da minha, e despenco na cama e antes de perceber, eu já tinha pego no sono.
Acordo com alguém batendo na porta, provavelmente Kurt.
- E aí bela adormecida? - diz Kurt entrando enquanto eu coço meus olhos de tanto sono.
- Aconteceu alguma coisa?
- Não, estava sozinho em casa e resolvi passar por aqui, não gosto de ficar sozinho.
- Adoro companhias… Quer café, água? 
- Não precisa… - diz Kurt de cabeia baixa no sofá, não precisava nem perguntar pra perceber que ele estava triste.
- O que houve? - pergunto
- Nada.
- Kurt, você não está conseguindo disfarçar muito bem essa parte…
- É que eu tô me sentindo meio mal em relação a algumas coisas - diz cabisbaixo 
- Te dou todos os meus ouvidos.
- Não aguento mais o preconceito diário na escola, eu sou gay né, acho que já deu pra você perceber - diz ele soltando um sorriso amarelo. Sim, eu já havia percebido, sem querer ser racista ou algo do tipo, mas dava pra perceber, o jeito que ele se vestia e falava, o jeito que ele ficava quando passava algum menino atraente do seu lado, o jeito de que o povo da escola mantinha distância dele e o jeito que os marrentos do time de futebol o zombava. - Isso tá me sufocando, eu não sei mais o que fazer, queria tanto achar uma pessoa igual a mim, que goste de mim, que me trate do jeito que eu deveria ser tratado...
- Ei, ei, ei - o interrompi quando percebi que lágrimas se acumulavam em seus olhos. - O que tem de errado nisso? Kurt, eu te admiro muito, sabia?
- Pelo o quê? - pergunta ele com os olhos cheio de lágrimas.
- Pelo fato de você assumir quem você, de você encarar tudo isso de cabeça erguida, sem deixar ninguém mudar o que você realmente é, e a propósito eu só tenho que concordar com você. Eu imagino o quanto deve ser difícil pra você passar por tantos preconceitos, mas você não escolheu ser assim, simplesmente aconteceu, você não tem que se lamentar e ficar se preocupando com que as pessoas pensam ou deixam de pensar sobre o seu respeito. Você não precisa de ninguém na sua vida que não te queira por perto. - quando termino, Kurt já está quase soluçando em lágrimas e eu simplesmente o abraço fazendo-o desmoronar. 
- Posso dormir aqui hoje? - diz ele no meu ouvido em meio de tantas lágrimas.
- A hora que você quiser.
~~~~~*~~~~~
Acordo com Kurt me chamando e com uma bandeja nas mãos.
- O que é isso? - pergunto sonolenta
- Café da manhã, mocinha… - comemos juntos em meio de gargalhadas e fofocas. Ficamos falando quase uma hora do pessoal da escola, da reputação de cada um e nossas opiniões sobre todos.
- Sabe o Finn? - pergunta Kurt e eu fico pensando - Um alto que anda meio desajeitado e que está sempre do lado de Rachel…
- Sei! - digo me lembrando do garoto.
- Sou apaixonado por ele… - revela Kurt com um sorrisinho de canto.
-O-M-G! - são as únicas letras que eu consigo pronunciar. Kurt morre de rir com a minha expressão. - Apaixonado mesmo? Desde quando?
- Faz um tempo... nem eu sei como isso aconteceu.
- As vezes você acha que tá apaixonado, quer ocupar a sua cabeça com isso. Kurt, não precisa forçar a barra com essas coisas, na hora que tiver que acontecer, vai acontecer. Pode ser o tempo de convivência que você tem com ele, já pensou nisso?
- Pode ser, e afinal tem vários problemas: Além dele ser hétero e atual namorado da Rachel, ele é meu meio-irmão, nossos pais meio que se apaixonaram perdidamente a primeira vista e resolveram levar tudo a sério. - diz ele contando as características no dedo.
- E como você se sente sobre isso tudo?
- Eu… - começa Kurt tentando achar as palavras certas - Não sei… Eu simplesmente não sei. Sinto falta da minha família, de mamãe, da união… Mas sabe, agora é como se a minha família estivesse completa, mas não está, esse é o ponto. 
- O que o seu pai acha sobre sua orientação sexual? - pergunto antes de dar uma mordida na minha terceira torrada.
- Ele me aceita e me apoia completamente do jeito que eu sou, mas o problema é que não existe só ele no mundo.
- Eu te apoio também - Kurt fica olhando pra mim com os olhos brilhando - Temos que ir! - continua ele se desconectando totalmente do momento fofo e familiar.
~~~~~*~~~~~
Ando pelo corredor com Kurt e Rachel, que havíamos encontrado no caminho, ela não parava de falar do coral, de seus planos para as regionais, de seu relacionamento com Finn, o que deveria deixar Kurt pra baixo, de como ela adorava cantar. Apesar de ser uma tagarela quase insuportável, Rachel parecia ser uma pessoa legal.
- Vejo vocês no coral! - diz ela, finalmente, se despedindo.
- Meus tímpanos estão pedindo arrego - digo quando ela desaparece na multidão, Kurt apenas dá uma gargalhada. Enquanto passamos em frente em nossos armários, um brutamonte de mais ou menos 1,80 de altura, pesava mais de 120 kg empurrou Kurt enquanto passava para cima dos armários como se ele fosse um nada, nada mais que um nada. Não podia aceitar aquilo, já estava ficando vermelha de tanta raiva.
- Ei! - gritei, alto o suficiente para conseguir um pouco de silêncio e conseguir com que o ogro dê meia volta. 
- O que a novata acha que vai fazer? - diz ele se aproximando. Ele ameaça me dar um soco, mas meu reflexo é mais rápido e agarro a mão dele. - Além de bater em gays, também gosta de bater em mulheres? Quanta covardia! - meu tom de voz aumenta chamando a atenção de quem tá passando por ali.
- Cale a sua boca! Estou avisando - disse o gigante.
- Acho melhor você calar a sua boca e ouvir um pouquinho - digo ainda segurando seu punho. Até que enfim minhas aulas de muay thay em Nova Iork estão servindo para alguma coisa. Todos estão olhando pra mim, pro ogro e para Kurt nesse momento. - O que passa nessa sua cabeça de vento? Você acha que batendo em um gay te torna mais homem?! Sinto te informar que você está enganado.
- Cala boca sua novata metida. - o ogro consegue se soltar vai na direção de Kurt e empurra ele novamente. - E agora? Vai fazer o que? - diz ele me desafiando, meu sangue ferve e atinjo minha mão esquerda no seu olho esquerdo e quando ele cambaleia eu deu um chute entre suas pernas, fazendo-o gemer de dor. Acertei no ponto fraco.
Nesse momento todo mundo está olhando para mim e para o garoto no chão. Segundos depois, o professor do coral e uma mulher, com cabelos loiros curtos, e com um uniforme esportivo aparecem atrás de mim.
- Ora ora Will, parece que mais um de seus alunos resolveram se rebelar. Encrenca à vista. Boa sorte, meu amigo - diz a mulher abusada para o professos Will e dá dois tapinhas em suas costas antes de sair. Aquela mulher era outra que eu não suportava esbarrar, mas por um lado ela era das minhas, adora provocar e não se contenta com um segundo lugar.
- Srta. Alexis Carlsson, Sr. David Karofsky, Sr. Kurt Hummel
 e professor Will Schuester, acompanhem-me até a diretoria - diz o professor Figgns aparecendo do nada. Estou totalmente ferrada.

Capítulo 2. School? Why not?


Tateio a cama em busca do meu celular e quando encontro o mesmo, pulo de susto. Oito horas da manhã. Precisava voar. Entro no banho de qualquer jeito, visto um jeans, coloco um espatilho rendado preto, um cardigan cinza por cima, um coturno preto com pregas. Faço uma maquiagem básica, um olho de gatinho, um blush e um gloss. Jogo todas as tralhas precisas dentro da minha bolsa, pego a chave do carro e meu violão. Quando abro a porta me surpreendo com Kurt prestes a bater na mesma.
- Bom dia - diz ele sorridente.
- Bom dia! E aí? - retribuo o sorriso.
- Eu ia te entregar esse pedaço de bolo como boas vindas, mas vejo que você está atrasada, aliás, eu também estou, então é uma passada bem rápida - Assenti e peguei o pote que acolhia o pedaço de bolo.
- Muito obrigada! Está atrasado pra quê? - pergunto enquanto entramos no elevador.
- Escola… Perdi o horário…
- Onde vocês estudam por aqui? Estava saindo para procurar uma escola mesmo…
- McKinley School.
- Quer uma carona?
~~~~~*~~~~~
Estaciono o carro no imenso estacionamento da escola. Kurt sai do carro fecha a porta e sai andando. Saio também, tetando alcançá-lo.
- Ei! - grito e Kurt olha para trás. - Obrigada! - Kurt assente.
Observo Kurt desaparecer na multidão da entrada. Desligo meu carro e vou pedindo informação até chegar a secretaria.
- Olá, bom dia! Diretor Figgns, prazer - diz o homem calvo atrás de uma mesa comprida estendendo sua mão e esperando eu apertar a mesma. Comprimento e me sento.
- Alexis Carlsson.
- Em que posso ajudar?
- Gostaria de me matricular.
- Cadê seus responsáveis?
- Eu praticamente não tenho pais.
- Isso é um absurdo? Como você vai pagar essa escola? Com a sua mesada? Você é uma criança. Me desculpe.
- Eu posso pagar.
- Não, você não pode. Seus responsáveis sabe que você está aqui?
- Já disse que não tenho pais.
- Como assim? Seus pais te colocaram pra adoção e ninguém te quis?
- História longa. - Digo e abaixo a cabeça para soltar um sorrisinho.
- Acho que eu tenho tempo suficiente para ouvir.
Explico tudo para o diretor Figgns. Como vir parar aqui, minha relação com meus pais, minha vida, o status da minha família, minha condição financeira. Em menos de meia hora já lhe contei praticamente tudo em um ótimo resumo.
- Você pode começar hoje. - diz Figgns e minha boca se abre automaticamente. - Boca aberta entra mosca.
- Você não tem noção de como você me ajudou. - Me levanto e ele arrasta um pedaço de papel em minha direção.
- Seus horários.
- Obrigada mais uma vez.
Saio da sala do diretor com um sorriso de orelha a orelha e encaro meus horários. Biologia. Ual, começo meu dia muito bem.
Estou a procura da minha sala enquanto passa um exército de meninas com a mesma roupa, um uniforme vermelho escrito “Cheerios”, uma atrás da outra como se fossem liderar o mundo, a primeira da fila, loira dos olhos claros e expressão debochada me encara enquanto passa e sussurra alguma coisa para a morena com um olhar fatal que está do lado dela. As encaro de volta até que elas desviem o olhar. Quando volto minha atenção para frente, me deparo com uma pilha de livros.
- Mil desculpas! - digo enquanto pego os livros da pessoa de quem derrubei os mesmos, levanto o olhar e me deparo com um Deus de moicano.
- Sem problemas. Noah Puckermann - diz o mesmo estendendo sua mão pra mim.
- Prazer. - Ignoro sua gentileza e começo a andar. Ele me puxa pelo braço e nos deixa cara a cara. Ele me encara profundamente e eu desvio o olhar.
- Ok, isso aqui não é um filme, não é porque a gente se esbarrou no corredor que vamos nos apaixonar, ou algo do tipo, então se você não se importar, dá pra me soltar?
- Obrigada. - digo depois que ele solta meu braço e sorri. - Tá rindo de que?
- Você deveria ver sua cara de raiva enquanto cuspia essas palavras ensaiadas na minha cara.
- Pode ter certeza que não foi mais ensaiada do que essa cena que você planejou. - Deixo ele sorrindo sozinho e começo a andar sem dizer mais nada. Quando olho pra trás, Puck ainda está me observando.
Ao passar pelo corredor, uma lista com alguns nomes me chama atenção. “Glee Club”, anunciava a lista. No meio dos nomes encontro dois conhecidos: Kurt Hummel e Noah Puckermann. Assino meu nome embaixo dos mesmos e dou meia volta. Um clube coral, será que é uma boa ideia? Talvez… Seria ótimo pra me distrair, ocupar minha cabeça, afinal eu adoro cantar e principalmente tocar, não vejo como dar errado.
Vou pra minha aula de biologia. Os três primeiros tempos realmente passam rápido demais. Quando estou andando pelo corredor, Kurt me dá um susto.
- Mas que mundo pequeno!
- Kurt! - grito como se fosse uma criança acabando de ganhar um presente. Ambos riem.
- Glee Club, né?! Sabia que você iria se inscrever. - diz ele e eu me lembro da noite passada quando ele me “flagrou” cantando. - Nós vemos depois das aulas. - diz ele e eu levanto uma das minhas mãos assentindo. Guardo alguns livros no armário e quando fecho a porta do mesmo. A loira semi-nua me surpreende.
- Meu nome é Quinn Fabray. - diz ela me cumprimentando. O que essa oxigenada queria, afinal?
- Sorte sua - retruco e saio andando, a loira me segue.
- Por que a pressa?
- Por que você me seguindo? - retruco de novo.
- Olha aqui sua novata, eu vi você com Puck mais cedo e pode tirar o seu cavalinho da chuva, ok? Porque se eu ver vocês de novo…
- Você não vai ver, então faz o favor de tirar você e esse pedaço de roupa da minha frente porque estou afim de passar - digo e saio andando deixando a loira atrás de mim.
- O que foi isso? - diz Kurt me fazendo pular.
- Qual é Kurt? Você tem um GPS ou alguma coisa do tipo? - digo e ele sorri.
- Parei pra assistir isso. Tive que parar quando eu vi Quinn se aproximando do seu armário.
- Garotas desse gênero não crescem pra cima de mim.
~~~~~*~~~~~
Quando chego na sala de Glee, todos já estão sentados em cadeiras enfileiradas, Kurt quando me vê, acena e dá um tapinha na cadeira vaga do lado dele.
- Ora, ora, parece que temos uma novata! - anuncia o homem de cabelo encaracolado e seu sorrisinho de canto, e muito atraente para um mísero professor. - Will Schuester.
- Alexis Carlsson. - digo estendo minha mão para cumprimentá-lo e vou correndo para o lado de Kurt. Na minha frente está a loira oxigenada, Quinn, cercada de mais duas meninas com a mesma roupa que ela, uma morena e outra loira, ambas com um rabo de cavalo no topo da cabeça.
- Bom, como já estamos perto das regionais e já fizemos bastante coisa e temos quase tudo pronto, a tarefa da semana vai ser bem fácil. Vocês devem cantar músicas que tem a ver com vocês, que vocês gostam e que te façam sentir bem e… - faço Will parar estendendo meu braço.
- Pois não Alex?!
- Posso começar?
- Mas já? Claro que pode, perfeito! - Pego meu violão e me levanto, arrasto um banquinho do piano ao centro da sala e me sento no mesmo e respiro profundamente.
Comparisons are easily done once you’ve had a taste of perfection(…) - começo a cantar. Escolhi “Thinking Of You” da Katy Perry, porque é uma música que me fez e me faz pensar muito sobre a minha família, pelas perdas que eu tive, pelas burradas que eu cometi, pelas paixonites pela qual já me iludi. A música me deixou levar e eu alcancei notas pelas quais me surpreendi. - Cause in your eyes I’d like to stay, stay… - terminei a canção com uma lágrima imperceptível escorrendo pela maça do meu rosto, a sequei rapidamente a ponto de ninguém conseguir perceber. Aplausos. Will se levanta para me aplaudir e eu coro.
Volto ao meu lugar e me recomponho.
- Arrasou! - sussurra Kurt no meu ouvido e eu estendo minha mãe pra ele bater na mesma.
- Você não vai cantar?
- Não sei, talvez amanhã. Não sei como estou me sentindo no momento, parece tudo tão vago, quanto menos achar uma música que defina isso.
- Como ass…?!
- Vez de Rachel, vamos ouvir - diz Kurt me cortando.
Observo a morena com cara de nerd e nariz avantajado se dirigir ao centro do palco e quando ela começa a cantar “Ge It Right” fico admirando sua voz como uma fã apática. Ela realmente mandava bem e me senti um pouco humilhada. Quando ela terminou, todos aplaudiram. Eu, Kurt, o casal de asiáticos, o de cadeira de rodas, a loira oxigenada e suas seguidoras, o Deus de moicano, o loiro sexy com sua boca de peixe, a negra gorda e o garoto de cabelo preto que está sentado ao lado de Rachel.
O horário do coral acaba e eu estou quase entrando em meu carro no estacionamento quando uma voz me faz parar.
- Alexis? - diz uma voz masculina, me viro e quase perco o ar assentindo - Sam Evans.
- Prazer.
- Você manda muito bem.
- Obrigada!
- Por que você chorou no final da música? - O que? Como assim o boca carnuda conseguiu perceber que eu chorei? Foi quase imperceptível, abri minha boca para me justificar mas ele retruca rapidamente - Não adianta dizer que eu tive uma miragem ou algo do tipo. - sorrio e assinto.
- A lágrima apenas… fugiu…
- Algum motivo especial?
- Não tem nada na minha vida de especial.
- Isso soôu trágico - ambos riem.
- Quer uma carona? - digo quebrando o silêncio.
- Eu moro tão perto daqui, e…
- Entre no carro logo - digo fazendo-o sorrir.

Capítulo 1. New Everything


Jogo a quarta latinha de energético pela janela e me concentro de novo na estrada. Era por volta das cinco horas da manhã e o rádio do carro estava no último volume, me impedindo de cair no sono. Estava quase chegando em Miami, quando o sol já queria aparecer. A claridade toma conta de minha visão e pego meus óculos no porta-luvas do carro. Meu destino era a casa da minha família que tínhamos em Miami, na parte mais nobre da cidade. O que eu estou fazendo aqui? Simples, eu simplesmente fugi de casa, não aguentava mais meus pais discutindo, estava na cara que eles não se suportavam mais, minha família vive de fachada, talvez seja a pressão de tanto status, conhecimento e dinheiro. Dinheiro é o que não falta na minha família e eu realmente não me importo muito com isso. Não passo nem metade do dia em casa e minha relação com meus pais não passa de um “oi, tudo bem?”. O status destruiu minha família, meus pais as vezes se esquecem que tem filhos. Sim, filhos, tem um irmãozinho de oito anos, Harry, por um momento até pensei em trazê-lo junto comigo, mas com certeza mamãe e papai iriam me impedir e além do mais, Harry é muito dependente de uma família ainda. 
Avisto população e urbanização, só dirigir mais um pouco, e chego em casa. Sentia saudades de Miami, minha infância foi praticamente toda aqui, perto de outros familiares e amigos de verdade. Até minha família se mudar pra New York e eu não suportar mais viver. Estou cada vez mais perto da vizinhança quando meu celular vibra e ascende, dou uma olhada pro banco do carona onde se encontra o mesmo. Uma mensagem. 
“Onde você está? Estamos preocupados e aponto de chamar a polícia. Dê-nos notícia. Nós te amamos. Mamãe.”
Chamar a polícia? Duvido muito. Se isso foi uma tentativa de tentar me trazer de volta pra casa, falhou. Minha família tinha muito mais coisas para fazer do que ficar se preocupando com uma filha rebelde. Talvez ela só estava fazendo seu papel de mãe, admiro, mas isso não me comove mais.
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Lar doce lar. Assim que abro a porta do apartamento duplex, sinto aquele cheirinho de móveis e casa abandonada. Jogo minhas malas perto do sofá e despenco no sofá. Estou com fome, vou pra cozinha e já estava adivinhando que não teria nada pra comer e quando abro a geladeira meus instintos são confirmados. Estou muito cansada pra sair pra fazer compras, então vasculho minha bagagem e encontro um saco de biscoito que havia trago para a viagem. Deito no sofá mais uma vez e adormeço assistindo televisão.
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Quando acordo já passa das nove da noite. Tomo um banho rápido, pego a chave do carro um pouco de dinheiro na bolsa e vou para um mercado qualquer. Chego lá e faço umas compras bem rápidas, compro o básico para passar a morar sozinha pelo menos por enquanto. Em menos de duas horas já estou em casa de novo. Arrumo as coisas na cozinha e me jogo no sofá para pensar no dia de amanhã. Provavelmente teria que me matricular em alguma escola e são nessas horas que o dinheiro te faz bem. Mas como faria isso? Ligaria para mamãe e diria: “Ah, oi, olha, não quero te falar onde eu estou, mas preciso que você me matricule em algumas escola, pois não quero olhar pra cara de vocês tão cedo então precisarei me distrair.” Óbvio que não… Penso mais um pouco e lembro do meu cartão de crédito. Pronto! Amanhã teria que acordar cedo para me enfiar em alguma escola.
Pego meu violão para me distrair mais e começo a tocar e cantar. Canto umas cinco músicas, bem alto, pois como dizem: quem canta os males espanta. Ouço um som de campainha mas acho que me engano, deve ser meu celular, procuro pelo mesmo, mas nada de notificações. Ouço o barulho de novo e confirmo que é a campainha. Como assim estão batendo na minha porta a uma hora dessas? Vou com toda tranquilidade até a porta.
- Oi, meu nome é Kurt - diz o menino com o jeito e a voz afeminada em minha frente.
- Pois não?! - retruco
- Não quero ser um vizinho insuportável, mas já passam das dez horas da noite e você está cometendo poluição sonora. Moro no andar de baixo. - Então era isso? Eu só não fechei a porta na cara dele, pois não queria dar uma de vizinha rebelde e antipática. 
- Perdão… - Dou uma pausa tentando lembrar seu nome.
- Kurt - completa. - Poderia saber seu nome? 
- Alexis.
- Nome diferente… Boa noite, Alex - Estou a ponto de fechar a porta quando uma voz me faz parar. - E a propósito, você não manda nada mal. - comenta Kurt tirando um sorriso do meu rosto.
- Obrigada! Boa noite… - digo quase corando e finalmente fecho a porta.
Realmente desisto do meu violão, meus dedos já estão doendo e os calos não são mais imperceptíveis. Vou pro meu quarto ainda cansada e me atiro na cama. Fico encarando meu celular pensando se devo responder ou não a mensagem de minha mãe. “Não se preocupe - Alex”. Envio. Ela não iria se preocupar mesmo, iria ler aquela mensagem como se eu estava do lado dela o tempo todo. Encaro o teto e adormeço pensando no dia longo de amanhã.